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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Última gota

 Estavam completamente secos, como nunca. Sabia que não passaria depressa, mas a última gota de esperança que ainda restara em meu peito, me lembrava que por mais devagar que a dor da recordação passasse, um dia ela ia passar e se tornaria motivo de risos naquela rodinha favorita de amigos. Na verdade eu gostava. Mais do que antes, eu gostei do tempo perdido não em vão. E hoje depois de dias, e até meses depois, não sei ao certo, vejo que passou rápido, mas sinto que corro um risco enorme. O risco de acontecer tudo outra vez, e não tenho tanta certeza se eu iria conseguir me impedir. Talvez mude, mas vejo que será exatamente igual: Alguém saindo pela tangente, me escorrendo entre os dedos, e outro alguém com o coração partido, magoado, esquecido.

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